O mercado cannábico tem evoluído rapidamente no Brasil e no mundo. Além disso, novas regulamentações, avanços científicos e oportunidades de negócios surgem a cada mês.
Neste artigo, você encontra uma visão geral sobre o que está moldando esse setor em constante transformação.
Mercado Cannábico: Um Crescimento Exponencial
Nos últimos anos, diversos países têm revisto suas políticas em relação à maconha, principalmente para fins medicinais e industriais.
No cenário internacional, países como Alemanha, Canadá e Estados Unidos estão em fases avançadas de legalização. O valor total do mercado global foi estimado em US$ 57,18 bilhões em 2023, com previsão de saltar para US$ 444,34 bilhões até 2030. Por isso, o mercado cannábico global atrai cada vez mais investidores e empresas interessadas em explorar esse novo setor. O crescimento é real, global e já está acontecendo.
No Brasil, por exemplo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já permite a importação de produtos à base de Cannabis desde 2015. Esse acesso ainda é limitado e custoso, mas segue avançando lentamente desde então. A Anvisa regulamenta produtos a base de maconha desde 2019, permitindo o registro, fabricação e importação sob critérios técnicos estabelecidos, indicando movimentações importantes no mercado cannábico.
As associações civis têm sido fundamentais para impulsionar o mercado legal e ressignificar o consumo: elas alimentam pesquisas e reivindicam regulamentação para cultivar. O número de associações cannábicas só cresce desde 2010, com grupos como: Abrace, Apepi, Abrapango, Divina Cannabis, Flor da Vida e muitas outras.

Brasil: Uma semente com Potencial Gigante
Com a mudança na percepção pública e o avanço da legislação, o mercado cannábico apresenta um potencial econômico gigantesco para o Brasil.
Ainda estamos em fase inicial, mas a colheita pode ser promissora. Em 2023, o mercado brasileiro legal gerou cerca de US$ 40,5 milhões — modesto, mas com projeção de atingir US$ 204,4 milhões até 2030, crescendo impressionantes 26% ao ano.
Esses são alguns setores legais onde o Brasil já caminha e tem todo o potencial para voar se as leis e regulamentações soprarem à favor do verde:
- Produtos medicinais à base de cannabis
- Cosméticos e suplementos naturais
- Indústria têxtil e bioconstrução (cânhamo industrial)
Empresas brasileiras já começam a investir em educação, importação e distribuição de produtos regulamentados, criando um novo ecossistema de negócios e inovação.
Pesquisas científicas fortalecem o mercado cannábico
A ciência tem desempenhado um papel fundamental na mudança da percepção sobre a cannabis. As pesquisas que mostram o potencial terapêutico da planta através de compostos como o CBD e o THC no tratamento de doenças como epilepsia, ansiedade, dores crônicas e distúrbios do sono só aumenta.
Universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior estão cada vez mais engajados na produção de estudos clínicos, ampliando a base científica que sustenta o uso medicinal da planta, que por tanto tempo foi abafado.
Desafios desse mercado no Brasil
Recentemente, o STJ reconheceu que variedades com menos de 0,3 % de THC não são proibidas — abrindo espaço para que a planta seja utilizada em fibras têxteis, cosméticos, alimentos e construção.
Acontece que essa porcentagem ínfima de THC é bem difícil de alcançar, especialmente no Brasil, onde temos bastante Sol – um fator que influencia diretamente a quantidade de THC presente na planta.
Ainda em termos legislativos, em 2024 o STF descriminalizou o porte de até 40 g de maconha ou até seis plantas para uso pessoal, transformando-o em infração administrativa.
O porém: “válido somente para cannabis sativa — outras drogas ou derivados como haxixe, skank ou óleos concentrados continuam sendo crime.”
Mas a gente sabe bem que Cannabis, maconha, skank e haxixe se referem a uma mesma planta.
Essas medidas do STF refletem bem o cenário verde do país: caminhamos a passos lentos e as autoridades parecem não entender a completude dessa planta. Ainda assim, caminhamos.
Apesar dos avanços, o setor ainda enfrenta desafios no Brasil, como:
- a incerteza da garantia das conquistas até aqui
- a burocracia e os custos para importação de medicamentos
- a falta de regulamentação clara para o cultivo
- o preconceito social, que segue sendo mais determinante do que o que está declarado pelo STF
No entanto, especialistas são unânimes ao afirmar que o cenário tende a evoluir com base em evidências e na demanda crescente por soluções naturais e acessíveis.
A expectativa é que, nos próximos anos, o Brasil avance na criação de um marco regulatório mais abrangente, permitindo que o país aproveite o potencial medicinal, industrial e econômico da cannabis.
Conclusão: Mercado Cannábico como Parte de Uma Transformação Maior

O mercado cannábico está sempre em transformação. A combinação de avanços científicos, mudanças legislativas e maior aceitação social cria um cenário promissor para consumidores, profissionais de saúde e empreendedores.
Mas o mercado cannábico é mais do que o lucro financeiro — é símbolo de uma nova forma de viver que finalmente urge e começa a brotar.
No mundo, têm avanço, capital e inovação. No Brasil, temos solo, ciência, cultura e luta com essa planta.
Na Gush acreditamos que a verdadeira força está na herança espiritual da planta e nos ensinamentos que ela carrega.
O mercado cannábico brasileiro está germinando: com potencial para impactar a saúde, a economia e a cultura.
Associativismo, legislação, inovação industrial e justiça social precisam caminhar juntos para que esse solo fértil floresça.
Essa roda só começa a girar de verdade quando quem precisa, consome, planta e regula caminha junto. Sem repressão, sem proibicionismo, sem Guerra.
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Ascend your mind, gush in.

